Reali Júnior, morreu!


Morre o Jornalista Reali Júnior.


Dia muito triste depois de uma semana pesada e complicada, com o retrato de uma sociedade doente e abandonada como a nossa.

Crianças morrem dentro de uma Escola Pública. Milhares de pessoas envolvidas diretamente ou não, ficam inseguros, com medo de viver e recomeçar a vida seja dentro do olho do furacão, ou não. O olho do furacão está em todo lugar, voltado para nós, nos perseguindo, nos amedrontando! Não pensem que é só no Colégio de Realengo, que mora o perigo, e que foi palco da cena de um massacre absurdo onde um louco resolveu acabar com a vida de crianças que só queriam crescer. O perigo está em toda a parte.

A mídia da todas as possibilidades para que a história se repita. Os doentes estão à solta.

Só nos resta saber se alguém que está acima de nós, no poder de uma Nação, farão ou não alguma coisa para restabelecer um pouco mais a confiança dentro de nós. Espero que sim. Um homem quando deixa de sonhar ou de ter esperança, morre. Eu não estou morta, embora esteja um tanto quanto anestesiada com os acontecimentos desse maldito dia 8 de Abril.

Hoje ao ler as notícias dos jornais, sabemos que o "maluco" atirador, sofria de doença mental, assim como sua mãe. Sofria também por ser discriminado por colegas. Lá no passado, quando ele era uma criança, alguém do colégio, especializado em comportamento, tinha que ter feito nele exames para avaliar sua capacidade mental, psicológica, emocional. E ele deveria estar medicado e talvez, confinado dentro de um hospital. Estamos em Oslo? Não, claro que não. Aqui? Aqui, não tem nada disso.

Vizinhos desse maluco, durante anos e anos, perceberam que ele era estranho, e a sociedade é incapaz de prestar atenção em alguém assim. O que seria mais barato? Cuidar dele antes, ou cuidar de todos nós agora? Cuidar de um país totalmente arrasado, apavorado, sem falar das famílias que vivenciaram na pela tudo o que aconteceu. Como tratar dessa ferida?

Há que se cuidar das pessoas do mundo.

Para completar a semana difícil que tivemos, hoje pela manhã, deste 9 de Abril, em São Paulo, tivemos a certeza de que a voz do jornalista Reali Júnior, que às margens do Rio Sena, encostadinho a Maison de La Radio, em Paris, por muitos anos, nos informou a respeito do mundo na Europa, como correspondente de rádio, jamais nos acordará para suas informações importantes.

Um grande amigo, competente jornalista, grande conhecedor da cidade que viveu mais de 30 anos, e recebeu amigos de todas as tribos, políticos, cantores, atores, gente abusada ou não. Amigos!

Pai de quatro meninas, marido de Amelinha, sua companheira fiel e delicada, sempre estiveram prontos para nos receber em Paris. Nos levavam aos melhores lugares, nem sempre os mais chiques, mais badalados, mas do parisiense! Um ótimo prato, bons vinhos, e a certeza de bom papo e boas risadas.

Vai para o Universo infinito nosso grande amigo e jornalista Reali Júnior, que deixará sem dúvida, somente a lembrança de bons momentos, de grande exemplo, daquele estudioso eterno, apaixonado pelo que escolheu fazer.

Descanse Reali. Não fique triste, para nós, parece que depois da morte, você descansará, sem dor, e sem as maldades dos humanos. Muita luz pra você!


Comentários

  1. Nos dá adeus por hora um gentleman com um ótimo humor. Um grande reporter. Linda homenagem Conceição. Beijo

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  2. Que a sua alma descanse em paz. Merece um toque da tua homenagem.
    Beijo

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